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Funcionários da Caixa mantêm greve e maioria dos bancários do BB retornam ao trabalho

A greve dos bancários continua na Caixa Econômica Federal, que não fez nova proposta para o Comando Nacional dos Bancários.

A greve dos bancários continua na Caixa Econômica Federal, que não fez nova proposta para o Comando Nacional dos Bancários. As duas partes se reuniram na quinta-feira para tratar das questões específicas dos empregados do banco, como plano de carreiras e jornada. Mas, segundo o sindicato, a empresa não avançou na proposta feita anteriormente e a reunião terminou sem acordo. Também continuam de braços cruzados os bancários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Banco da Amazônia e Banco do Estado de Sergipe (Banese).

Já a maioria das assembléias dos funcionários do Banco do Brasil realizada na quinta e sexta-feira, em todo o país, aprovou a proposta do banco e encerrou a greve nacional deflagrada no dia 24 de setembro. Voltam ao trabalho na próxima terça-feira os bancários de Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Pernambuco, Ceará, Piauí e Sergipe. Os de São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Curitiba, Mato Grosso, Campinas, Pará e de outras bases sindicais, já haviam aceitado a proposta do banco na quinta-feira e retomaram suas atividades nesta sexta-feira. A proposta foi rejeitada na Paraíba, Bahia e Maranhão.

Avanços importantes
A proposta específica apresentada pelo BB ao Comando Nacional dos Bancários, em negociação realizada no último dia 7, traz avanços importantes, como a manutenção do modelo de vigente de Participação nos Lucros e Resultados, o compromisso do banco de discutir com o movimento sindical uma proposta para o Plano de Cargos e Salários (PCS), valorização de 3% no piso e manutenção dos interstícios em 3% no atual PCS, e contratação de 10 mil novos funcionários até 2011 e 5 mil adolescentes aprendizes. O banco se comprometeu também a criar comitês de ética para o combate ao assédio moral, entre outros avanços.

O Banco do Brasil também vai assinar a Convenção Coletiva de Trabalho nacional da categoria, negociada entre a Fenaban e o Comando Nacional e aprovada em todo país, que garante reajuste salarial de 6%, com ganho acima da inflação do período.

Também os funcionários do Banco Regional de Brasília (BRB) decidiram terminar a greve, voltando ao trabalho após o feriado.
Bancários do Rio e São Paulo voltaram ao trabalho na sexta

Na noite de quinta-feira, os trabalhadores dos bancos privados e do Banco do Brasil do Rio e São Paulo e também os da Nossa Caixa (SP) aprovaram a proposta apresentada quarta-feira pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban): 6% de reajuste salarial e participação nos lucros e resultados (PLR) maior.

O índice de reajuste aumentou 1,5 ponto percentual em relação à proposta anterior dos banqueiros. Mas o principal impasse da negociação, até agora, era o cálculo da PLR. Segundo os bancários, a Fenaban havia sugerido um cálculo que reduzia a valor total do beneficio. Agora, a conta prevê 90% do salário mais R$ 1.024, com teto de R$ 6.680. Esse valor pode ser majorado até que seja distribuído 15% do lucro líquido, no máximo.

Na Nossa Caixa, as regras de pagamento da PLR são diferentes: haverá a distribuição de R$ 60 milhões brutos de forma linear entre os funcionários da instituição, que representará em uma parcela única entre R$ 4.000 e R$ 4.100, a ser paga até o dia 16 de outubro.

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